Sussuros...
Quando as almas falam. Quando os corações se fundem...
Um quase movimento de lábios...breve, leve...;
Palavras quase não ditas... Palavras adivinhadas...Palavras antecipadas, com outras palavras caladas...
Leves sussurros, murmúrios como penas de gaivotas;
Simples e livres como asas, estes sussurros deixados na confidência dos lábios.
São arrojos de liberdade em ave de voo sem rumo.
Lembram espuma do mar em ondas quebradas no ímpeto das águas do mar. O próprio mar a embebe porque a quer só para si. Um abraço sem ter fim. E a espuma fala às ondas em murmúrios consentidos.
Assim são os sussurros salgados de salpicos de ternura.
Olhos vazios...
Vozes caladas...
Vontades esquartejadas...
Revolta,
Gritos,
Brados,
Prantos,
Filhos tombados,
Almas prisioneiras,
Mãos agrilhoadas...
Trevas cerradas...
O sonho de alguém
Venceu as barreiras,
Lançando a semente
Aqui e além
No povo e na gente...
O povo ousou,
O povo sonhou,
O povo venceu,
Cantou liberdade.
Rasgou-se o véu...
E de cores ao rubro
Vibrou a cidade.
Ana Paula Pinto Abril 2008
Ontem participei num evento de promoção turística que me deixou fascinada.
Os rios sempre exerceram uma atracção irresistível para os povos e os rios sempre estiveram ligados à vida das populações, buscando neles o seu sustento, a comunicação com outras terras e transporte de matéria-prima. Eram importantes vias, as auto-estradas dos séculos anteriores.
O rio Tejo não é excepção. A ele se encontram ligadas várias comunidades piscatórias e "marítimas" - como se chamavam os que navegavam rio abaixo em rotas comerciais.
Tejo é rio intimamente ligado ao desenvolvimento e ao crescimento económico. Tal como outrora, o Tejo continua um enorme potencial gerador de receitas. Desta vez, aborda-se na sua vertente turística; de descoberta da beleza do rio, da fauna e flora a ele associados; de descoberta de culturas e tradições, histórias de vida e modos de vida de comunidades que por aqui se fixaram. É o caso dos pescadores oriundos de Vieira de Leiria e dos seus ritmos quotidianos ligados às marés e daquela que denominados como "Cultura Avieira". Foi um pouco desta cultura, mas também da nossa gastronomia, dos vinhos e da beleza única do rio e das suas margens que ontem fui descobrir.
Aldeia Avieira - Escaroupim
Chegada a Escaroupim
Salienta-se a recepção extraordinária que a OLLEM - Turismo Fluvial nos proporcionou e o programa fantástico que se seguiu. Sem dúvida, um dia inesquecível que a todos se recomenda...
Visitem...
Embarcação Turística OLLEM - Turismo Fluvial (Quinta da Palhota)
Foi uma tarde quente de Abril, a lembrar o calor escaldante do Verão. Pelas lezírias ribatejanas percorremos caminhos de terra batida e chegámos ao ponto de encontro. Uma unidade de Turismo Rural, magnífica, a Quinta da Palhota (deve o seu nome à aldeia de Avieiros que existe em frente: a Palhota) surpreende-nos pela serenidade que aí se respira.
Estábulos com cavalos; espaços verdes; cantos e recantos de uma beleza inigualável; o rio. Esse majestoso Tejo que se alarga à nossa frente. Corrente forte; Garças esvoaçando; E o ancoradouro onde nos aguardam dois barcos de cruzeiro fluvial.
Antes de iniciarmos a subida do rio, a Quinta do Falcão (Vila Chã de Ourique) brinda-nos com uns vinhos de excelente qualidade. Um branco seco fresquíssimo e um tinto frutado que prometia desvendar segredos de castas.
O percurso entre a Quinta da Palhota e a aldeia Avieira visitada (Escaroupim) não é grande, mas a beleza é indescritível. As margens frondosas e verdes; os mouchões onde nidificam milhares de garças; os barcos de cores vivas do Tejo; as casas dos avieiros; Entramos numa. A Srª Dª Maria Cacilda recebe-nos com um sorriso no rosto. Partilha as durezas da vida de antigamente, quando o ritmo se fazia ao sabor das enchentes do rio, das marés e das oportunidades de pesca. A casa minúscula de madeira pintada em tom forte de azul, aberta de par em par, é agora um testemunho vivo de uma vida que se perdeu no tempo e de uma cultura que importa preservar.
Pormenor do interior de uma casa avieira
Voltamos ao barco. Descemos o rio com o sol caindo no horizonte. As águas enchem-se de lume, a frescura feita brisa contrasta com as cores rubras do céu e do rio...ao longe...um abraço de fogo e água.
Vestidos a rigor, como se de autênticos avieiros se tratassem, um grupo de alunos do 2º ano do curso de Hotelaria e Turismo da Escola de Hotelaria de Santarém, são agora os centros das atenções. A par do excelente serviço que executam, distribuem sorrisos e vinhos com sabor a Ribatejo. Nas bandejas circulam iguarias que aliam a tradição do passado com a irreverência da modernidade: Magusto - broa batida com couve e feijão encarnado; Lombos de sável com molho de manga; Quadrados de bacalhau assado; Nacos de touro com molho de ervas;
Alunos da Escola de Hotelaria e Turismo de Santarém
Aos alunos da Escola de Hotelaria e Turismo de Santarém e aos professores envolvidos, mais uma vez, parabéns! Tive pena de não saber o nome de todos, mas a todos cumprimento pelo rigor e pela excelência do serviço (Miguel Coelho Lopes foi o único nome que registei. Tiveste uma postura fantástica, tal como todos os teus colegas.)
Alunos da Escola de Hotelaria e Turismo de Santarém
Sem dúvida que a promoção turística do nosso país passa, em muito, pela qualidade do serviço de quem recebe. Desejo-vos os maiores sucessos na vida profissional que irão abraçar. Escolheram uma carreira com futuro. E o nosso futuro passa, inequivocamente, pelo sector turístico, pelo que é necessário um suporte de qualidade.
Regressámos noite escura com memórias que irão perdurar no gosto e no olhar; Uma sugestão que se torna um apelo. Pela Cultura Avieira vão à descoberta deste património!
Mouchão - Santuário de nidificação das garças
(Agradeço as fotos do Eng. Carlos Vitorino)
Pois é...
Criei um novo blog. Criar é fácil. Manter é mais difícil. Sei-o por experiência própria. O meu primeiro blog, no SOL, deixou de ter actividade há muito tempo. Substituí-o pelo Alem do Virtual no Sapo; Ensaio de Cor pretendia ser um espaço dedicado à poesia, à pintura e a outras "palermices" que emprestam cor vida; está muito "cinzento; Outra Alma era um "recanto" de mim e começou a misturar cantos e (en)cantos. Agora, nasce E a Palavra é Azul...
http://anapintocds.blogspot.com/
Vamos a ver se consigo arrumar de vez a "casa", mas é difícil...afinal, a pessoa é-o na sua totalidade...
Na torre da igreja os sinos tocam duas baladas. Uma madrugada, após uma noite memorável.
Em Janeiro filiei-me no CDS-PP. Em Fevereiro fui eleita numa lista para a Comissão Política Concelhia. Em Março estive no Congresso do Partido. Em Abril (ontem) tomei posse.
Um percurso rápido. Rápido porque urge mudar e, quando se pretende mudar, para quê adiar? Sou determinada, mas não determinista. Se fosse determinista estaria, ainda, de ombros descaídos, colocando as culpas do mal-estar social, económico e financeiro nos "outros". Demarcava-me, assim, desta degradação social, deste retrocesso humanista, desta apatia geral. Estaria descontente, mas nada faria para alterar o estado de coisas. Posso não conseguir alterar o País, mas posso alterar a minha atitude. Não sou conformista. Sou inconformada. Agir para mudar! E eu quero mudar e quero agir para mudar.
Acredito no esforço do trabalho individual. Acredito na recompensa por mérito. Acredito na igualdade de oportunidades. Acredito que estamos a tempo de salvar os tempos presentes e, sobretudo, de garantir o tempo futuro.
É preciso ter esperança. É preciso transmitir esperança. Mas não bastam sonhos e discursos. Necessitamos aliar as palavras à acção. E com acções estimularmos os sonhos. E com os sonhos concretizados, voltar a sonhar e acordar num país engrandecido.
Cansei-me de estar à margem. Nunca o conceito de que, sociedade somos todos nós, fez tanto sentido. A sociedade é aquilo que cada um, com o seu maior ou menor contributo, quer que seja. E eu quero uma sociedade de cidadãos pró-activos, reagentes e actuantes. Interventivos, críticos e com vontade de vencer.
Amanhã, falarei sobre a noite memorável que aconteceu no Entroncamento...
E porque as imagens reflectem o bom ambiente vivido na sala, coloquei estas.
Agradeço do fundo do coração a todos os amigos presentes que me apoiaram neste momento e a todos os outros que não puderam estar, mas que manifestaram o seu apoio à "causa" que abracei. Sendo ou não simpatizantes do CDS-PP acreditam no valor e na acção futura desta equipa.
Nesta fase tão crítica que vivemos, importa acreditar na mudança. Importa acreditar na classe política e isso só se consegue com transparência, com honestidade, com patriotismo dessa mesma classe, salvaguardando e colocando os interesses nacionais, os interesses colectivos, acima de qualquer interesse particular ou de grupos específicos. Falar verdade. Agir correctamente. Traçar rumos claros e objectivos. Rumos que deêm um rumo a este país à deriva.
Tal como o Dr. Paulo Portas referiu no seu discurso, uma tal situação de crise económica, financeira e social ocorreu em 1926 aquando da emergência do Estado Novo. Eu quero um NOVO ESTADO. Um Estado e uma nação independentes, sem vassalagem, sem ser um protectorado de outros estados. Tenho orgulho no meu país e na sua história.
Necessitamos fazer renascer a tenacidade do povo português na superação de momentos difíceis. Somos capazes! Precisamos unir-nos para ultrapassarmos as tormentas e alcançarmos águas mais calmas e um mar-chão de oportunidades de desenvolvimento. Precisamos crescer. Precisamos desenvolver. Precisamos assegurar o desafogo do nosso presente, a segurança do nosso futuro e a certeza de legar uma herança aos jovens, aos nossos filhos e aos nossos netos. Já ultrapassámos momentos difíceis. O testemunho dos nossos pais, dos nossos avós, das páginas da nossa História não podem ser em vão. É neles que devemos beber a coragem para agir e a certeza de que vamos vencer.
Não será fácil. A par da crise económico-financeira, existe uma profunda crise social, uma crise de valores, uma crise de identidade. Como se já tivéssemos desistido. Não! Ainda é possível! Ainda vamos a tempo.
Dentro em breve teremos oportunidade de dizer "basta". Basta de desgoverno e basta de desgovernação. Juntos poderemos ser a força da mudança.
A alternativa é CDS.
....
Este é um "espaço" pessoal. As pessoas das fotos apoiam-me. Não significa nada mais além do carinho e da amizade que me dedicam. Seja eu azul, amarela, verde ou às pintinhas, não importa. A sua presença apenas reflecte apoio às minha "iniciativas".
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